"Hoje somos nós LGBTQNA+, a mais expressiva força da transformação para um mundo melhor. Uma força frequentemente invisível nas ruas, nas casas, no cotidiano. Nós sempre precisamos ser muito melhor que a maioria, e por isso, até pelo menos a minha geração, nós tivemos que sacrificar nossas próprias vidas, nosso prazer e felicidade, na tentativa de sobreviver à violenta aberração que é a estupidez do machismo, da homofobia, da heteronormatividade.
O preconceito, as exclusões por gênero, as exclusões por sexualidade, por identidade étnica, por classe social, todas essas exclusões são legitimadas pela violência inferior que ataca. Inferior por que a violência da exclusão humana é inferior, e quem encarna essa violência não consegue superar a própria miséria.
Nós estamos sempre à frente de todas as diversidades, sim, porque nosso desafio é gigantesco. Não somos um grupo étnico, não nos distinguimos por aparência física, por herança genética, por classe social, por identidade sexual, por religião. Reunimos todas as diferenças porque nós nascemos em todos os lugares do mundo, classes, famílias, povos, e, algumas vezes, nascemos num lar onde o desrespeito à diversidade faz parte das crenças das pessoas que nos geraram e/ou criaram. Então, pai, mãe, irmã, irmão, são compreendidas por nós enquanto categorias relativas ao amor e ao respeito mútuos, e nada mais.
Reinventamos nossos vínculos familiares e de parentesco. Aprendemos desde cedo que não existe família nuclear mais digna e importante que o nosso amor pela Humanidade e pela Vida.
Sim, nós temos uma tradição familiar que se perpetua porque se manifesta em nós, sempre que o preconceito não nos leva à morte prematura por suicídio. Sobrevivemos.
A mais importante herança familiar é a que nos ensina o respeito e o amor à diversidade humana, e nossa tradição familiar está ancorada na história de todas as pessoas que assumiram socialmente que a imposição social normativa é uma doença. Sim, a heteronormatividade é uma doença social porque leva ao desrespeito e à morte. O respeito é a saúde, e diversidade é a Vida.
Enquanto as famílias passaram a ser pequenos núcleos de manipulação do poder econômico, político e social, a nossa tradição familiar é priorizar o pertencimento à Humanidade justamente porque frequentemente, em nós, as famílias devem ser reinventadas. Isso significa que pertencemos a todas as famílias, classes sociais, religiões, povos e terras. Nós somos essencialmente integradoris, porque, em nós, as exclusões étnicas, familiares, religiosas, sociais, desintegram e perdem o sentido.
Erguer a bandeira do respeito à Humanidade inteira é o ar que respiramos. Só conseguimos respirar enquanto acreditamos na Humanidade. Apesar de todos os horrores, crimes, corrupções, hipocrisias, enquanto acreditarmos na Humanidade estaremos vives.
Acreditar num novo mundo é o que sustenta o fardo de viver entre hipócritas, medíocres, egoístas, individualistas, corruptos, e gestores da miséria humana, por isso, levantar a bandeira LGBTQNA+ é necessariamente ultrapassar algumas das mais sórdidas fronteiras das doenças psíquicas e sociais humanas. Levantar a bandeira LGBTQNA+ é proteger a diversidade da expressão do amor entre seres humanos. O amor e o prazer, as nossas molas propulsoras, a fonte da felicidade e de tudo que move nossos sonhos e desejos.
Pela política do amor, pela economia do prazer, pela sociedade da dignidade, porque a ausência de amor e prazer é o chão da terra da infelicidade, é a alma dos cruéis, dos violentes, é o DNA da maldade.
A imagem do Congresso Nacional Brasileiro em 28 de junho de 2020, data comemorativa do orgulho LGBTQNA+, orgulho do nosso vasto, infinito e eterno amor. Orgulho por nossa entrega ao prazer, orgulho porque vivemos a paixão e a beleza. Orgulho por nossa inteligência diferenciada, por nossa extraordinária sensibilidade. Orgulho por nosso compromisso com a transformação do mundo para um mundo muito melhor do que o mundo onde nascemos.
Sim, nós somos a mais poderosa força por um mundo muito melhor, porque nós sofremos demais com tudo que o que existe de ruim neste mundo. E, no Brasil da diversidade, somos nós a diversidade da diversidade."
Jakeline De Souza
souzajakelinede@gmail.com
O preconceito, as exclusões por gênero, as exclusões por sexualidade, por identidade étnica, por classe social, todas essas exclusões são legitimadas pela violência inferior que ataca. Inferior por que a violência da exclusão humana é inferior, e quem encarna essa violência não consegue superar a própria miséria.
Nós estamos sempre à frente de todas as diversidades, sim, porque nosso desafio é gigantesco. Não somos um grupo étnico, não nos distinguimos por aparência física, por herança genética, por classe social, por identidade sexual, por religião. Reunimos todas as diferenças porque nós nascemos em todos os lugares do mundo, classes, famílias, povos, e, algumas vezes, nascemos num lar onde o desrespeito à diversidade faz parte das crenças das pessoas que nos geraram e/ou criaram. Então, pai, mãe, irmã, irmão, são compreendidas por nós enquanto categorias relativas ao amor e ao respeito mútuos, e nada mais.
Reinventamos nossos vínculos familiares e de parentesco. Aprendemos desde cedo que não existe família nuclear mais digna e importante que o nosso amor pela Humanidade e pela Vida.
Sim, nós temos uma tradição familiar que se perpetua porque se manifesta em nós, sempre que o preconceito não nos leva à morte prematura por suicídio. Sobrevivemos.
A mais importante herança familiar é a que nos ensina o respeito e o amor à diversidade humana, e nossa tradição familiar está ancorada na história de todas as pessoas que assumiram socialmente que a imposição social normativa é uma doença. Sim, a heteronormatividade é uma doença social porque leva ao desrespeito e à morte. O respeito é a saúde, e diversidade é a Vida.
Enquanto as famílias passaram a ser pequenos núcleos de manipulação do poder econômico, político e social, a nossa tradição familiar é priorizar o pertencimento à Humanidade justamente porque frequentemente, em nós, as famílias devem ser reinventadas. Isso significa que pertencemos a todas as famílias, classes sociais, religiões, povos e terras. Nós somos essencialmente integradoris, porque, em nós, as exclusões étnicas, familiares, religiosas, sociais, desintegram e perdem o sentido.
Erguer a bandeira do respeito à Humanidade inteira é o ar que respiramos. Só conseguimos respirar enquanto acreditamos na Humanidade. Apesar de todos os horrores, crimes, corrupções, hipocrisias, enquanto acreditarmos na Humanidade estaremos vives.
Acreditar num novo mundo é o que sustenta o fardo de viver entre hipócritas, medíocres, egoístas, individualistas, corruptos, e gestores da miséria humana, por isso, levantar a bandeira LGBTQNA+ é necessariamente ultrapassar algumas das mais sórdidas fronteiras das doenças psíquicas e sociais humanas. Levantar a bandeira LGBTQNA+ é proteger a diversidade da expressão do amor entre seres humanos. O amor e o prazer, as nossas molas propulsoras, a fonte da felicidade e de tudo que move nossos sonhos e desejos.
Pela política do amor, pela economia do prazer, pela sociedade da dignidade, porque a ausência de amor e prazer é o chão da terra da infelicidade, é a alma dos cruéis, dos violentes, é o DNA da maldade.
A imagem do Congresso Nacional Brasileiro em 28 de junho de 2020, data comemorativa do orgulho LGBTQNA+, orgulho do nosso vasto, infinito e eterno amor. Orgulho por nossa entrega ao prazer, orgulho porque vivemos a paixão e a beleza. Orgulho por nossa inteligência diferenciada, por nossa extraordinária sensibilidade. Orgulho por nosso compromisso com a transformação do mundo para um mundo muito melhor do que o mundo onde nascemos.
Sim, nós somos a mais poderosa força por um mundo muito melhor, porque nós sofremos demais com tudo que o que existe de ruim neste mundo. E, no Brasil da diversidade, somos nós a diversidade da diversidade."
Jakeline De Souza
souzajakelinede@gmail.com
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