VamosAnularAsEleicoes2022 - BOICOTA O SISTEMA DE "REPRESENTAÇÃO POLÍTICA", EXIGE O PODER DO POVO SOBRE AS LEIS

VamosAnularAsEleicoes2022
BOICOTA O SISTEMA DE "REPRESENTAÇÃO POLÍTICA"
E EXIGE O PODER DO POVO SOBRE AS LEIS
ORIGENS E OUTRAS EXPLICAÇÕES

Por Jakeline De Souza, 
contato souzajakelinede@gmail.com 

"A campanha Vamos Anular As Eleições 2022 propõe o boicote às eleições 2022, ou seja, O BOICOTE AO SISTEMA DE "REPRESENTAÇÃO POLÍTICA".
A análise econômica da história contemporânea das repúblicas representativas põe em evidência: o único caminho para a estabilidade econômica é o povo com o poder de vetar e aprovar leis (veja neste blog DA ISLÂNDIA PARA O BRASIL: o povo decidir leis é o único caminho)
Em 1889 inicia a república representativa no Brasil. De 1889 a 1929 era impossível denunciar a violência praticada pelos governadores e coronéis contra a liberdade de escolha dos alfabetizados. A manipulação dos votos se dava pela violência física. Assim começa a república brasileira, os esquemas de manipulação de votos mudaram em grande parte, dos homicídios de 1889 às fakenews conseguimos reunir no mesmo saco todas as eleições para presidente no Brasil, e ainda ouvimos histórias sobre interiores onde as pessoas são coagidas a votar em candidatos.
Hoje, as alianças estão mais, ou menos, complexas, as noções fantasiosas de "esquerdas e direitas", com seus belíssimos discursos filosóficos, dividiram o país e o mundo às forças sob os signos dos golpes, das guerras, da tortura e da morte após a segunda grande guerra da Europa do século XX. E essas facções políticas nunca assumiram estabelecer condições necessárias para nosso povo exercer seu poder soberano sobre as leis como parte de nosso cotidiano. Não se fala sobre isso nos movimentos de base, a questão é silenciada pelas "esquerdas" e "direitas", "oposições" e "situações". O jogo é um só, é o jogo das repúblicas representativas. Assim, desde sempre, o povo não ter acesso a vetar leis e aprovar as leis é a fonte de toda as nossas desgraças econômicas, sanitárias, sociais, científicas, humanas, porque o caminho para a estabilidade econômica são os povos decidirem as leis.
Esses ditos "representantes políticos" não servem ao povo porque "representantes políticos" decidem as leis arbitrariamente aos interesses e necessidades de nosso povo/país, são candidaturas produzidas por facções econômicas que destroem o desenvolvimento econômico de nosso país desde 1889.
A superação desse sistema político arbitrário aos interesses do povo e do país acontecerá quando as leis/decisões votadas por legisladores e administradores do Estado Nacional puderem ser imediatamente VETADAS pelo povo e substituídas por novas leis APROVADAS PELO POVO BRASILEIRO.

O que é um boicote? Boicote é uma estratégia econômico-políticas para alcançar um objetivo. Mas, os boicotes são estratégias específicas, e por alguns motivos, que vou apresentar aqui, afirmo serem a mais elevada expressão da força política dos povos hoje.
Apresento 4 características dessa estratégia político-econômica que colocam em evidência a inquestionável excelência de um boicote em defesa da anulação de nossos votos nas urnas em 2022.
Primeiro, para boicotarmos alguém ou alguma coisa, precisamos que já exista uma relação estabelecida com esse "alguém" ou essa "coisa". Então, os boicotes só são possíveis a partir de DIREITOS ESTABELECIDOS em uma relação.
Por exemplo, consumidores podem boicotar a produção de lixo transgênico porque são produtos que já estão no comércio, o mal está estabelecido e por resultado de todos os prejuízos sofridos pela população, esta população assume não consumir mais lixo transgênico.
Segundo, os boicotes são estratégias que só alcançam sucesso a partir do interesse coletivo.
Boicotes são posições/ações assumidas por populações/povos/grupos sociais, contra ações/negociações/empreendimentos de indivíduos/corporações/governos/empresários. Ou seja, sempre, num boicote de um lado teremos uma grande quantidade de pessoas sofrendo por alguma relação político-econômica estabelecida, e do outro lado temos um pequeno grupo que obtém lucro a partir da perda da vida de populações (veja o artigo 'Representação política é uma variação do canibalismo', neste blog).
Terceira característica: o boicote SEMPRE está relacionado a demandas econômicas (lembra que relações políticas são relações de poder sobre a economia, no caso das leis o recurso econômico são as nossas vidas, nossas terras, nossas instituições públicas e tudo que envolve o Estado Nacional). Quarto, o boicote não pretende extinguir uma relação, pelo contrário, é uma estratégia para a sobrevivência de todos. O boicote orienta um novo caminho excepcionalmente melhor para esta relação, não existe esgotamento ou exclusão das partes.
Esta quarta e última característica dos boicotes que apresento, os tornam as estratégias de maior excelência para as relações econômicas graças ao seu poder de inclusão a partir do respeito supremo à vida humana. Por exemplo, nós não pretendemos exterminar os indivíduos produtores de lixo transgênico, nem destruir suas fábricas, apenas exigimos que eles passem a produzir sementes crioulas, do mesmo modo, não estamos nos opondo a organização política do Estado Nacional, apenas estamos exigindo que os ditos "representantes políticos" percam o poder arbitrário sobre nosso país pois sabemos que o único caminho para a estabilidade econômica de qualquer país é o povo decidir as leis, e nós  queremos dignidade, fatura, desenvolvimento humano e científico.
Esclarecidas estas características gerais dos boicotes, vamos à nossa excelência.
Vamos boicotar as Eleições 2022 é a estratégia para alcançarmos nosso objetivo. É o objetivo de nosso boicote que nos interessa. Não pretendemos extinguir a eleições de indivíduos responsáveis pela administração e legislação em nosso país. Rejeitar candidaturas e partidos que ignoram a necessidade de estabelecermos  condições para nosso povo decidir nossas leis é assumir nossa responsabilidade com o nosso futuro. E se for preciso nós vamos anular as eleições para que O POVO BRASILEIRO TENHA PODER DE VETAR AS LEIS COM AS QUAIS NÃO CONCORDAMOS, ASSIM COMO, APROVAR LEIS DE INICIATIVA POPULAR.

Porque não conseguimos exercer nosso direito de fazer leis de iniciativa popular? 
Algumas pessoas, ao curso desses 9 anos trabalhando pelo poder de nosso povo sobre as nossas leis, disseram, "o povo brasileiro é burro, não conhece os seus direitos", e eu não podia contestar com propriedade até assumir uma lei de iniciativa popular e passar 3 anos organizando eventos e tentando mobilizar pessoas para realizar a coleta de assinaturas e alcançar apenas 1% das assinaturas que presamamos [veja a ementa e formulário em PDF no link https://drive.google.com/file/d/0B8C2EhqczWqdMXgwTVF1ZWNWMjg/view ] Mas, porque não consegui? Ora, é muito difícil cumprir as exigências para fazer valer uma lei de iniciativa popular em nosso país quando se é uma cidadã como eu, então, não fazemos por que não temos condições de fazer e todas as leis de iniciativa popular tiveram o apoio financeiro de grupos com interesse específico sobre as leis no jogo da disputa da malfadada "representação política".
A Lei 9.709 diz que devemos coletar 1% das assinaturas do eleitorado nacional e, hoje 22/02/2020, temos que coletar aproximadamente 2 milhões de assinaturas feitas à tinta em papel com a ementa e um formulário de dados impressos (como o PDF disponível no link acima), porque a instituição federal responsável pelo exercício de nossos direitos políticos não assume disponibilizar uma plataforma online para nós assinarmos as leis de iniciativa popular. Ou seja, para que nossas assinaturas tenham validade nós temos que assinar dois milhões de vezes, tinta no papel, porque o Tribunal Superior Eleitoral não disponibiliza uma plataforma para que nossas assinaturas online seja reconhecidas.
Mas, e aquelas petições? Aquelas petições são pedidos, esse é o significado de petição = pedir. Não queremos pedir, queremos o nosso direito de DECIDIR LEIS. DECIDIR LEIS é o exercício de nosso maior poder, poder sobre as leis que determinam nossas vidas, esse é o objetivo de nosso boicote, essa é a nossa exigência: PODER SOBERANO DO POVO BRASILEIRO SOBRE NOSSAS LEIS.
Existe risco de fraude para leis de iniciativa popular online?
Leis de iniciativa popular são infraudáveis porque leis de iniciativa popular são documentos públicos, portanto PODEMOS CONFERIR AS ASSINATURAS, TODOS, SIMULTANEAMENTE. Por exemplo, os votos nas urnas podem ser fraudados porque são secretos, se fossem públicos, ou seja, se pudéssemos conferir nossos votos públicos, não existiria risco de fraude eleitoral.

Então, como disse, os boicotes são negociações a partir de DIREITOS ESTABELECIDOS. No nosso caso significa dizer que temos o direito de anular nossos votos, isso está estabelecido no artigo 14º, o mesmo artigo da mesma constituição que garante nosso direito soberano de fazer lei de iniciativa popular. Então, temos um objetivo concreto, claro, simples, e exercemos nosso direito para alcançar nosso objetivo. NÓS SOMOS O POVO BRASILEIRO, qualquer grupo político é menor do que Nós. E isso até está na Constituição/88. Digo - até - porque o poder soberano dos povos está acima das leis quer a constituição de um país respeite a soberania do povo, ou não. Nós - o grande povo brasileiro - usamos de um pequeno direito e forçamos a mudança, e toda mudança exigida pelo boicote de um povo sempre é a transformação de uma condição/lei/ação genocida-suicida para a dignidade e a vida. Se existe alguma regra imutável nestes tempos onde ainda vigora o canibalismo humano, eis a regra. * Não leia os colchetes, são sempre ênfases pessoais [E, perdão, mas adoro marcar essas evidências sobre o esgotamento do mal contemporâneo em si, talvez sejam as minhas vísceras reagindo ao cotidiano exaustivo entre corruptos, arrogantes, estúpidos, monstruosos, genocidas, canibais. Os que mais me fazem mal são invariavelmente os que se creem superiores.]
Outro ponto que quero evidenciar é que o que define o boicote não é a manifestação nas ruas. Nas ruas os partidos mobilizam passeatas para o povo reclamar contra outros políticos, o que transforma as manifestações em disputas entre facções. Nós, o povo brasileiro, já sabemos disso, por isso não temos ido às ruas desde 2013: as manifestações nas ruas são TODAS manipuladas por disputas entre partidos e "representantes políticos" porque todas as nossas demandas de base estão "mediadas" por partidos que "sustentam" a estrutura das organizações de base. Então, quando existe um grupo social na rua reclamando por alguma coisa, sabemos que tem, pelo menos, um partido/político que disputa o lugar de poder sobre as nossas vidas, ou seja, o poder sobre as leis.
É nesse ponte que trabalhei para chegar onde estou hoje: apresentar uma proposta livre de partidos e "políticos", quero dizer, uma proposta que não corra o risco de olharmos no meio da multidão e vermos uma bandeira de um partido sem que esse partido, eles não vão colar na nossa proposta de graça, porque nosso preço é o mais alto: QUEREMOS O PODER DE VETAR AS LEIS QUE ELES FAZEM E COM AS QUAIS NÓS, O POVO BRASILEIRO NÃO CONCORDAMOS, E QUEREMOS CONDIÇÕES PARA ASSINAR AS LEIS DE INICIATIVA POPULAR, ou seja, queremos legislar como povo soberano com o poder de mudar a constituição sempre que considerarmos necessário. Esse é o objetivo de nosso boicote, portanto, tudo o que eu fiz para a democracia direta no Brasil, desde 2011 até hoje, foi para chegar a essa proposta que não permite que "políticos" e seus partidos usem nossa boa fé, nossa fé no bem. Essa é a proposta: VAMOS ANULAR AS ELEIÇÕES 2022. Nenhum partido ou "político" poderá usar nossos votos nulos porque todos estarão sendo rejeitados por nós, porque isso não é um movimento político, ANULAR AS ELEIÇÕES É O EXERCÍCIO DE NOSSO DIREITO DE ANULAR OS VOTOS NAS URNAS.
NÓS ESTAMOS EXERCENDO O DIREITO DE ANULAR OS VOTOS, não estamos "reclamando" direitos, ESTAMOS NEGOCIANDO. Todo boicote é uma negociação. Portanto, podemos ir as ruas para comemorar, é a ação coletiva, do povo todo, contra algo que nos faz mal, e isso é comemorável! Mas, não vamos reclamar de nada, vamos assumir nosso poder e nosso lugar.
É assim a nossa proposta de boicote às eleições 2022. Não existe outro caminho para o nosso país, e para qualquer país no mundo, o único caminho é o povo fazer as leis, e nós sabemos que, hoje, quem faz as leis são os "políticos", e as leis são as nossas vidas. Estamos sendo prejudicadas/os demais com as leis feitas por esses "políticos", por isso o nosso boicote propõe que nós vamos votar em "políticos" que estiverem comprometidos em estabelecer condições de nós, o povo brasileiro, exercermos o poder sobre as leis, quer dizer VETAR E VOTAR LEIS SEM "POLÍTICOS".
Em 2022 nós vamos anular os nossos votos se não houver um candidato à presidência da república que ASSUMA PUBLICAMENTE: "eu vou estabelecer condições para o povo brasileiro VETAR E VOTAR LEIS DIRETAMENTE, ou seja, SEM "REPRESENTANTES POLÍTICOS"". Isso é um boicote. Exercemos NOSSO DIREITO DE ANULAR OS VOTOS PELO NOSSO DIREITO DE VETAR E VOTAR LEIS SEM "POLÍTICOS". Desculpa as letras maiúsculas, estou um pouco exausta e, de fato, a falta de apoio dos "ilustres inúteis" e a decadente disputa de poder sobre a vida do nosso povo nessa economia canibal provoca profundo mal estar em mim, eu que estou agora na Rua Carlos Cavalcanti, olhando para as águas do rio Belém, no centro de Curitiba, sob uma chuva fina e refrescante.
Nosso objetivo são as leis, nós precisamos superar crises, acabar com a miséria, com a corrupção, com a falta dignidade, com a fama de promiscuidade e "preguiça" de nosso povo do boicote às candidaturas que não reconhecem a importância da democracia direta no Brasil, como prioridade em seus compromissos públicos a serem assumidos em campanha, tem como propósito tornar visível para todos a mais eficaz ação para a superação do sistema de "representação política " em nosso país. E, apesar das dificuldades implicadas em qualquer ação com projeção nacional,  é uma estratégia mais fácil de ser executada que a coleta de dois milhões de assinaturas para uma lei de iniciativa popular.
Claro que as dificuldades enfrentadas durante a coleta de dois milhões de assinaturas para nossa lei de iniciativa popular só aumenta sua importância quando tratamos de entender o que é decidir lei como povo soberano no Brasil, e quais os espaços políticos e sociais que dispomos para realizar a superação dessa dita "representação política", pois todas as ações efetivas para alcançarmos a superação definitiva desse tal sistema de "representação" surgem diretamente a partir dos desafios durante a coleta, além, é claro,  das questões emergentes do nosso atual cotidiano político.
Assim sendo, o momento de encontro entre essas duas perspectivas, a da mulher que trabalha para exercer seus direitos políticos como parte de um povo soberano e a deste povo que vive submisso a leis arbitrárias a seus próprios interesses, define o caminho que apresento para a superação desse sistema de "representação política". Entendo que esse é o melhor caminho, ou melhor, o único caminho possível considerando nossa história, nossos contextos e, principalmente, quem nós somos: o povo brasileiro.
Não vou detalhar aqui como interpreto quem somos em nossos contextos em relação a nossas possibilidades políticas para a democracia direta no Brasil, porque há muito mais a ser dito do que é possível escrever usando um celular numa vaga de beliche em um quarto de uma república-albergue, mas, em  outras palavras, o que estou dizendo é que a terra onde a ideia do boicote às proximas eleições germinou, e está enraizando-se, é esse trabalho de 4 anos pela @OutraLeiBrasil que, por sua vez, surge desses 8 anos de trabalho ininterrupto por democracia direta no Brasil,  que tem como março referencial as #Ocupas e essa #MarchaXingu, que deu origem a esse blog em novembro de 2011! Afirmo que essa é a terra, única terra, onde a democracia direta,  o poder de nosso povo sobre nossas leis conseguirá transformar-se em floresta. Hoje não existe outra terra capaz de fazer germinar essa Floresta, portanto vamos anular as eleições 2022 e #Ocupar as ruas pelo nosso direito de decidir sobre nossas próprias vidas. Boicotar as eleições é a chuva e o sol que fará germinar todas as sementes de nossa floresta, porque boicotar as eleições, é uma proposta que emerge no corpo a corpo por democracia direta. Na pele mais sensível desse corpo a corpo, a proposta de anular as eleições resultou de um esforço absurdo por livrar-me das sabotagens das direitas e esquerdas que pretendiam negar a presença de um movimento legítimo por democracia direta no Brasil, e sendo eu a pessoa que manteve a proposta, então bastava estar entre os movimentos de base para sofrer retaliação.  É claro que os partidos da dita "oposição" não queriam que existisse esse movimento, lamento mas se existe algo que não depende deles é a existência desse movimento, isso depende de mim, depende de nós, do povo. É nossa necessidade de outras estratégias e inteligências capazes de nos elevar a melhores condições econômicas que determina sua continuidade.
Da parte dos que estão no poder, a "situação", esses só vão nos ver quando estivermos intervindo diretamente na estrutura do Estado Nacional, ou seja, quando encaminhar a lei de iniciativa popular para "AMPLA LEGALIZAÇÃO DO CULTIVO DA CANNABIS EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL ", ou quando estivermos em massa, 70 milhões de brasileiras/os #OCUPANDO as ruas, após a anulação de nossos votos nas eleições de 2022.
Nosso povo presa o conforto de transitar por espaços legítimos para exercer seu poder, e esse é o nosso espaço de direito constitucional, portanto, vamos anular as eleições 2022 até que nosso poder soberano sobre nossas leis seja exercível em nosso dia a dia político, econômico e social. As vidas são nossas, portanto as leis são nossas. A nós cabe a propriedade sobre as nossas vidas. É elementar reconhecer também que não existe inteligência facciosa superior à inteligência de nosso povo, portanto a inteligência que deve governar nossa economia é a inteligência coletiva do povo brasileiro.  O povo no poder ê o único caminho para a estabilidade econômica.
A ideia de boicote às eleições, portanto, é exigir candidaturas que assumam essa necessidade emergencial de estabelecermos condições para nós assinarmos e vetarmos leis online como documentos públicos de um povo soberano. Conforme está garantido na legislação brasileira: leis de iniciativa popular são documentos públicos, então  nossas assinaturas favoráveis às leis devem estar disponíveis online em um site que legitime assinaturas online, quero dizer, site administrado por uma instituição pública responsável pelo exercício de nossos direitos políticos no Brasil. E, para que não exista a possibilidade de fraudes, que se mantenha o caráter público das leis de iniciativa popular, assim todos nós podemos conferir nossas assinaturas de confirmação e de veto a leis, simultaneamente.
Nessas condições e contexto, por um lado o que determinou a emergência da campanha pelo boicote às candidaturas que não reconhecem a importância econômica do pleno exercício de nosso poder soberano sobre nossas leis, a democracia direta, foram as dificuldades que vivi/vivemos (sempre estive acompanhada) ao assumir a coleta de dois milhões de assinaturas feitas à tinta em papel com a ementa de nossa lei e o formulário impressos. Por outro lado, o que impulsionou esse boicote como solução para alcançar a democracia direta no Brasil foi o conflito político e físico vivido por mim, por nós, por nosso povo, nas últimas eleições. Estou falando das agressões e animosidades  trocadas entre brasileiras/os que defendiam candidaturas diferentes durante o segundo turno das últimas eleições.
Então, de um lado são 4 anos de esforços pela coleta de dois milhões de assinaturas, impossível de realizar sem pelo menos três milhões de reais, o que explica porque as leis de iniciativa popular, até hoje no Brasil, fizeram parte de estratégias para disputas entre as facções político-partidárias, e, por outro lado, as últimas eleições fizeram com que eu assumisse anular os votos como alternativa para afastar-nos (afastar-me) desses conflitos estúpidos em nome de uma condição política deplorável para nosso povo: a continuidade da dita "representação política". Anular os votoa em massa revelou-se a única posição política digna de respeito considerando as candidaturas em jogo. A decadência parecia estar estabelecida em ambos os lados, e as pessoas brigavam pelo propósito de evitar o pior candidato. Ambos, cada qual para um lado, representavam, sem aspas, a maior desgraça. Então precisávamos livrar-nos de ambos e anular as eleições revelou-se um espaço de diálogo entre opostos visceralmente posicionados.
Da minha parte, sempre anulei meu voto e anular meu voto sempre esteve implicado em desejar a superação da "representação política", mas para evitar ataques de militantes das esquerdas nas redes sociais nunca assumi o voto nulo como proposta, quero dizer, nunca disse para as outras pessoas 'façam como eu, anulem seus votos', porque não proporia uma ação coletiva sem uma meta capaz de alcançar um objetivo evidente. Mesmo tendo um propósito inquestionável e anulando meus votos desde sempre, ainda tive que suportar alguns surtos emocionais pelas redes sociais,  diziam que anular meu voto me faria responsável pela maior desgraça. Uma amiga de muitos anos bloqueou meu perfil por que eu assumi a campanha @VamosAnularAsEleicoes2018, quando alcançarmos a democracia direta, em 2022, no Brasil ela deve voltar.
Tenho dito que anular as eleições sem obtivo é como chutar o ar. Então, agora temos objetivo, vamos transformar as urnas num espaço de negociação direta pelos nossos interesses: nós queremos poder absoluto sobre nossas leis, VETAR E APROVAR, esse é nosso objetivo e nossa ação ocupa o espaço que temos hoje para o exercício de nosso poder soberano,  ou seja, anular as eleições 2022 é a ação perfeita, é a linha reta entre dois pontos, onde estamos e a democracia direta.
E, se aquele malfadado segundo turno das eleições passadas transformou nossas vidas numa campo de conflitos, e se para equilibrar as relações era fundamental uma terceira alternativa e o caminho, mais uma vez caminho único, foi o boicote a ambas as candidaturas, ou seja, o voto nulo, é assim que, de repente, eu vejo diante de mim a proposta que põe em evidência a SOBERANIA POPULAR, o poder do povo sobre todos os outros poderes, e as urnas até então usadas para a legitimidade do sistema de "representação política", desta vez são usadas para exigir candidaturas legitimáveis, ou seja, candidaturas que tenham por prioridade a nossa prioridade,  a nossa soberania popular. Assim, nesse sentido, ANULAR AS ELEIÇÕES É HOJE O CAMINHO MAIS RÁPIDO E EFICAZ PARA A DEMOCRACIA DIRETA NO BRASIL.
Anular as eleições,  para mim, e provavelmente para todo nosso povo, até então era um ato de simples rejeição às candidaturas. Hoje ANULAR AS ELEIÇÕES É UMA ESTRATÉGIA PARA EXERCERMOS NOSSO PODER SOBERANO SOBRE NOSSAS LEIS.
Então coletar assinaturas para uma lei de iniciativa popular por 4 anos foi fundamental para amadurecer uma proposta eficaz para nosso povo. ANULAR NOSSOS VOTOS E #OCUPAR AS RUAS EM 2022 é a estratégia que fará do Brasil a economia mais próspera do mundo, com a melhor qualidade de vida e, verdadeiramente em todos os sentidos, seremos O POVO MAIS FELIZ. 
Vivo essa situação em meu cotidiano e sou capaz de identificar o que significa a realidade econômica, política e social brasileira. Sei o que é ser uma brasileira que trabalha há mais de oito anos para exercer meus direitos como parte de um povo soberano, sei dos nossos direitos e dos nossos contextos, conheço nossas possibilidades, dúvidas, e também as respostas que o mundo contemporâneo, economia e política, tem para nos oferecer.  Esse é o nosso caminho, essa é a nossa proposta, livre de contradições: NÓS SOMOS O POVO PELO POVO.
E, assista o vídeo abaixo, é curto e mostra que esse é o nosso momento de ação pela nossa economia, pela nossa dignidade, por nossas vidas, já estamos em ação em espaços locais dentro de nosso gigantesco país." Jakeline De Souza.
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