BEZERRA DA SILVA [1927-2005] - Um Mestre do Samba na luta pela legalização da Maconha

BEZERRA DA SILVA [1927-2005] - Um Mestre do Samba na luta pela legalização da Maconha
Jakeline De Souza.

Boa noite gente amiga!
Essa é uma publicação para fortalecer a proposta de realização da Parada Da Maconha, ou melhor, para fortalecer as pessoas que se sentem envolvidas com a proposta, as pessoas que sentem necessidade de mudança. Para nós, nada melhor do que buscar nossos mestres, e quero trazer, talvez, o maior deles na sua arte de sambista pela legalização das "drogas", cânhamo e ipadu, maconha e coca, sobre as quais devemos falar para esclarecer, para tirar as pessoas com as quais vivemos da ignorância, por isso trago um Mestre na conquista de espaço para a honestidade, afinal ele fala nas mídias de massa o que ninguém mais falava. Honestidade é básica para que a gente conquiste dignidade.
Para quem não conhece o Bezerra, por favor, primeiro, ouça, apenas ouça, ele dispensa qualquer comentário.

Do jeito que entendo a importância de Bezerra da Silva, ele é um mestre sem igual porque viveu num dos períodos de maior violência subterrânea nos becos e porões da vida do Brasil, abafada, por debaixo dos panos. Difícil viver isso, especialmente para quem transforma tudo em Samba de Partido Alto. É muita mestria!

O Bezerra foi um homem que nasceu em 1927 em Pernambuco. Digo isso para termos referência pra comparar sua coragem, ousadia e inteligência com a maioria, ou todxs, que viviam naquele período. Pois, soube administrar forças conflitantes fazendo samba, criando um espaço de significação positiva das drogas, de proteção de usuárixs, dos que plantam e vendem, muito antes de nós existirmos. Isso, no meu palpite, é coisa de Mestre. Lembro um pouco como foi a década de 1970, e não parece bom. Pois, pelo que lembro, agora é importante lembrar que Bezerra da Silva distribuía informação, significados, medidas de risco, de dignidade, fazia pelo fim da ignorância, nas décadas de 70,80,90. Um sujeito que soube colocar a vida acima da arte e mostrar que isso é ganhar sentido, e por mais adversas que sejam as circunstâncias, o sentido de fato, do cotidiano, da experiência, se sobrepõem, e o que o Bezerra da Silva mostra é a superioridade da experiência desse grupo social que aceita o consumo de cannabis, "malandro não vacila", isso não é arrogância, é condição.
E assim, ele provocou, nas mídias de massa, os grupos que controlavam o sistema judiciário, econômico e político no país sob a autorização deles próprios, como não vi nenhuma outra pessoa fazer, e de, quebra, nos paga com honestidade a importância do Samba.
Parece que o Bezerra da Silva não tinha, nunca, nada a temer, isso faz dele referência de postura, comportamento. Fazer o que o Bezerra fez é para poucas pessoas hoje, naquele momento em que ele fez, acho que o único capaz foi ele. Certo é que ele mostra um caminho pra superar hipocrisia, mostra que é possível, que nós podemos agora, mostra que aqueles 30 anos passados de opressão pela violência e manipulação pelas mídias no Brasil, PASSARAM, não existem mais! Essa é a hora de criar a lei Bezerra da Silva, e legalizar o plantio e o comércio de cannabis no Brasil, e lembrar com orgulho desse herói.
E tenho outro palpite, que essa capacidade do Bezerra está muito relacionada com a capacidade dele de viver na rua e manter sua dignidade. Quem já viveu com moradorxs de rua consegue imaginar de onde o Bezerra tirou tanto poder! Salve o povo da rua! Ele foi morador de rua por anos, mas também tocou tamborim na escola, tocou com o Jackson do Pandeiro. Como sambista é cria do Canta Galo, e cantou de galo no nariz de cães e serpentes.
Publico uma ilustração do samba para tevês de massa. Isso foi feito em 2003, dois anos antes da morte do Bezerra.
Vou continuar  falando sobre o Bezerra, sim, essa conversa é feito Roda de Samba, Partido Alto, "eu mando brasa por cima de brasa"!



PARADA DA MACONHA EM FLORIPA
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